falling in love - capítulo 8
Voltei ao hospital naquele mesmo dia, depois de sair do estúdio de ballet. O Tom já tinha acordado outra vez e eu e o Nate estivemos o tempo todo lá com ele. Dormi mais uma noite naquele sofá nada confortável e um pouco pequeno demais para mim e para o Nate.
*
Os dias foram passando e o Tom estava a melhorar aos poucos o que começava a deixar-me mais animada, os médicos já diziam que dentro de dois ou três dias ele poderia sair do hospital. A única coisa que me deixava triste era o facto de o espectáculo de ballet ser já hoje…
- Brianna! – ouvi a voz da minha mãe gritar o que me fez descer as escadas e ir a correr para a sala.
- O que foi? – perguntei olhando para ela.
- Estamos a ficar atrasados, vê lá se te despachas. – disse-me.
Revirei os olhos. – Tem calma. – resmunguei e voltei a subir as escadas indo de novo para o meu quarto.
A minha mãe andava mais histérica com o espectáculo do que eu, passava o tempo todo de um lado para o outro e não se calava a tentar dar-me conselhos que eu já estava farta de ouvir. Eu agora estava apenas nervosa e cheia de medo que alguma coisa corresse mal.
Quando entrei novamente na sala a minha mãe estava ao telefone a falar não sei com quem, o mais certo era ser mais uma das amigas dela que ela tinha convidado. Sorri ao meu pai quando o vi surgir à porta.
- O Nate? – perguntou-me ele assim que chegou à minha beira.
- Ele ficou de ir lá ter. – respondi com um pequeno encolher de ombros. Só esperava que ele não se esquecesse de aparecer antes do espectáculo começar, mas da maneira que ele era parvo ainda se esquecia e aparecia só no final. Ri-me sozinha com tais pensamentos.
- Já podemos ir. – disse por fim a minha mãe. Peguei no meu saco onde levava a minha roupa de ballet que iria usar naquele dia e revirei os olhos quando a minha mãe repetiu umas quantas de vezes para eu ver se não me faltava nada. Suspirei e saímos de casa.
Respirei fundo quando saí do carro, cada vez me sentia mais nervosa e o facto de saber que o Tom não estaria ali só me fazia ficar ainda pior.
Entramos e consegui sorrir um pouco ao ver o Nate perto da entrada à nossa espera.
- Olá. – disse-lhe quando ele veio até nós, cumprimentou-me com dois beijos e à minha mãe também. Cumprimentou também o meu pai com um aperto de mão.
-Olá Bri e boa tarde Sr. e Srª Adams. – disse-lhes o que me fez rir para mim.
- Bem, eu tenho de me ir pôr pronta. Vão lá para dentro e não fujam. – disse rindo-me. Eles sorriram-me e o Nate piscou-me o olho. Desejaram-me os três boa sorte, sorri-lhes uma última vez e fui para o vestiário para me mudar.
- O teu namorado é mesmo giro. – disse-me Teresa, uma das raparigas que andava comigo no ballet.
Olhei-a toda confusa. – O meu namorado? – perguntei de sobrolho franzido.
- Sim… - ela olhou-me. – Aquele rapaz que estava ali fora contigo…
- Ah… - arregalei um pouco os olhos. – Ele não é meu namorado, é só um amigo. – disse em modo de explicação.
- Hm desculpa. – pediu-me e depois esboçou um pequeno sorriso. – Ficavam bem juntos. – disse-me e antes que eu pudesse falar ela afastou-se indo não sei para onde.
Eu e o Nate a ficarmos bem juntos… abanei a cabeça e ri-me acabando de me pôr pronta.
Fui para a zona atrás do palco juntamente com as minhas colegas quando faltavam apenas uns minutos para o espectáculo começar. Sentia o meu coração bater cada vez mais forte à medida que o tempo ia passando. Respirei fundo quando subimos para o palco que estava apenas tapado por uma enorme cortina preta, já se podia ouvir o murmurinho de todas as pessoas que estavam na plateia, aquilo devia estar cheio…
Pusemo-nos cada uma na sua posição e de repente a cortina começou a subir lentamente. O público pôs-se todo de pé aplaudindo e arregalei os olhos, aquilo era enorme e estava apenas iluminado por algumas luzes não deixando assim ver bem o rosto de todas aquelas pessoas. Ainda assim procurei rapidamente com o olhar os rostos dos meus pais e do Nate e senti-me descontrair quando os vi e o Nate me sorriu largamente. Voltei a concentrar-me no espectáculo quando por fim este começou.