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More than words.

More than words.

falling in love - capítulo 12

 

- Tom… - murmurei um pouco baixo quando fui capaz de falar. Sentia-me a tremer e as minhas mãos apertavam aquela mesa com força. Como é que o Nate fora capaz de fazer aquilo? Ainda por cima ali, mesmo sabendo que o Tom estava perto e que poderia aparecer a qualquer momento.

- Como é que foste capaz Bri? – perguntou o Tom cuspindo as palavras na minha direcção.

- Eu… eu não fiz nada… - tentei defender-me, mas pela cara dele não valia a pena dizer nada, ele não ia acreditar em mim.

- Eu vi Bri, eu vi… ninguém me contou. Eu vi com os meus próprios olhos. – resmungou de punhos cerrados.

Abanei a cabeça. – Foi o Nate… - retorqui engolindo em seco, virei o meu rosto para o Nate pela primeira vez depois do que tinha acontecido. – Nate, diz-lhe que foste tu, por favor… - supliquei com um longo suspiro enquanto ouvia o Tom continuar com aquelas coisas e a acusar-me de uma coisa que eu não tinha feito. Eu nem sequer tinha retribuído o beijo e tinha-me tentado afastar, não tinha culpa de não ter conseguido fazê-lo.

- Fui eu. – acabou por dizer o Nate uns escassos segundos depois de cabeça baixa. O Tom olhou para ele e abanou a cabeça negativamente, fez um meio sorriso.

- Não a tentes defender Nate, já chega… - resmungou.

- Fui eu que a beijei! – gritou o Nate olhando agora para o Tom e fitando-o seriamente. – Já disse que fui eu, ela não fez nada. Queres pôr as culpas em alguém põe em mim. – resmungou.

- Não achas que já chega Nate? – perguntou o Tom abanando a cabeça. – Pára de a defender, ela é crescidinha sabe bem fazê-lo sozinha. Aliás, até sabe fazer outras coisas, como trair o namorado. – olhou desta vez para mim e abanei a cabeça com o que ele disse.

- Eu não te traí. – murmurei respirando fundo antes que as lágrimas começassem a cair. Não podia chorar… não ia fazer isso.

- Cala-te, não quero ouvir mais nada. – disse o Tom, fulminou-me com o olhar e virou costas saindo da sala. Fechei os olhos quando ouvi a porta da rua abrir e depois a fechar com toda a força.

Não sabia o que fazer, não tinha feito nada e ele não acreditava em mim. Porque é que isto tinha de me estar a acontecer? Logo agora que estávamos tão bem…

Olhei para o Nate que ainda não se tinha mexido desde todo aquele sucedido.

- Porque é que fizeste aquilo Nate? – perguntei, ele tinha de me explicar o que se estava a passar nem que ficasse aqui a vida toda à espera de uma resposta sua. – Não me devias ter beijado. – continuei a falar, agora que tinha começado ele ia ter de ouvir tudo o que eu tinha para dizer. – Era preciso estragares as coisas entre nós era? – perguntei abanando a cabeça. – Eu odeio-te Nate, odeio-te mesmo! – gritei-lhe.

- Ainda não tinhas percebido Bri? – perguntou-me ele como se tivesse ignorado tudo o que eu tinha acabado de lhe dizer.

- Percebido o quê? – perguntei completamente confusa, não me parecia que houvesse alguma coisa para perceber.

- Que… que eu gosto de ti… - arregalei os olhos e ia para falar quando ele levantou a mão como que a dizer-me para deixá-lo acabar de falar. – Antes eras apenas a namorada do meu irmão. – encolheu um pouco os ombros. – Não passavas de uma rapariga para a qual eu estava praticamente proibido de olhar, eras dele e isso não me fazia diferença. – suspirou. – Mas depois do acidente… passamos muito tempo juntos lá naquele hospital e fui-te conhecendo melhor e cada vez me fascinavas mais. – olhou para mim. – E estavas sempre a meter-te comigo e eu contigo… e não deu para evitar… e apaixonei-me por ti Bri. – concluiu ele com um suspiro.

Abanei a cabeça perplexa pelo que ele tinha acabado de dizer. – Não Nate… - disse. – Não… tu estás a fazer confusão. – engoli em seco. – Não gostas de mim dessa maneira, estás só a confundir as coisas.

Ele abanou a cabeça e encostou-se contra a parede. – Não estou Bri. – retorquiu olhando-me. – O acidente mudou tudo. Tudo acontece por uma razão*, e o acidente aconteceu para que nos aproximássemos… - acrescentou. Continuei a abanar a cabeça sem saber o que dizer ou o que fazer.

- Não Nate, não podes gostar de mim… - murmurei afastando-me dele, peguei na minha bolsa. – Não podes Nate… - voltei a repetir e corri saindo da sala e daquela casa.

Ele não podia gostar de mim, eu amava o Tom e não o ia deixar por nada deste mundo. Só o queria a ele e o Nate não podia aparecer agora no meio a estragar as coisas entre nós…

 

Pronto, aqui está o capítulo tal como tinha prometido. Não se esqueçam que sábado haverá de novo mais um capítulo! Espero que estejam a gostar da história que está a aproximar-se cada vez mais do fim.

* Everything happens for a reason (não sei se ainda se lembram mas foi a "frase" que usei para descrever a história quando postei o título e a capa...)

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