falling in love - capítulo 1
Uns momentos depois de me ter sentado no sofá senti umas mãos frias tocar-me nas bochechas apertando-as ligeiramente, senti um arrepio e virei a cabeça para trás vendo que era o Nate.
- És tão parvo sabias? – perguntei meio que retoricamente e ri-me, segui-o com o olhar enquanto ele se foi sentar no outro sofá em frente ao que eu estava. Cruzei as pernas à chinês e abanei a cabeça. Ele riu-se e assentiu com a cabeça fazendo aquele sorrisinho todo fofo que só ele conseguia fazer e onde apareciam aquelas covinhas.
- Sei, estás sempre a dizê-lo. – encolheu os ombros enquanto ainda se ria e recostou-se para trás no sofá.
- É para que nunca te esqueças Nathaniel. – mordi o lábio pois já sabia que ele ia reclamar por lhe chamar assim, ninguém lhe podia chamar Nathaniel pois ele odiava aquele nome e ficava logo todo irritado. Era por esse mesmo motivo que muitas vezes eu o chamava de Nathaniel, porque adorava ver a cara irritada dele. Sorri para mim, mesmo antes de ele falar.
- Não me chames isso. Sou o Nate, entendeste ou queres um desenho? – fez-me um sorriso meio cínico ao qual respondi com um revirar de olhos.
- Mas é o teu nome e é tão bonitinho. – gozei com ele dando uma enorme gargalhada que provavelmente se fez ouvir por toda aquela enorme sala.
- Que engraçadinha Brianna. – pegou numa almofada e atirou-a para mim, agarrei-a e apertei-a contra o meu corpo.
- Podes chamar-me Brianna à vontade que eu não me importo. – ri-me sabendo que ele queria também me irritar ao chamar-me assim. Mas eu não me importava, toda a gente me tratava por Bri grande parte das vezes mas mesmo que me chamassem de Brianna eu não me importava, pois adorava o meu nome.
- Eu sei, mas apeteceu-me. – fez uma careta e atirou-me outra almofada enquanto voltava a rir-se. Voltei a agarrar a almofada olhei-a por momentos e depois pousei-a ao meu lado.
- Já tenho almofadas que cheguem em casa não preciso que me ofereças mais estas. – gozei com ele. – Podes antes oferecer-me coisas mais fofas. – brinquei com um beicinho.
- Tipo o quê? – perguntou abanando a cabeça. – Não mereces que te ofereçam nada. – acrescentou e eu fiz-lhe uma careta.
Virei a cabeça para trás quando ouvi que alguém estava a descer as escadas e sorri muito ao ver que era o Thomas, levantei-me de um salto e assim que ele chegou ao fundo das escadas saltei para o seu colo rodeando o seu corpo com as minhas pernas.
- Olá príncipe. – dei-lhe muitos beijos na boca e sorri.
- Olá meu amor. – apertou-me contra o seu corpo enquanto andava até ao sofá e deu-me um beijo apaixonado. Saí do seu colo e pus-me ao seu lado, encostei-me a ele pousando a cabeça no seu ombro.
Olhei para o Nate que estava com uma cara de gozo a olhar para nós os dois. - O teu irmão que por acaso é o meu namorado dá-me prendas, não preciso das tuas. – fiz-lhe uma careta e encostei-me mais ao Thomas.
- De que é que estás a falar? – perguntou o Thomas com um ar confuso e deu-me um beijo na bochecha.
- Nada de importante. Podemos ir embora? – perguntei rodeando o seu pescoço com os braços e pondo-me um bicos de pés para chegar aos seus lábios.
- Vamos. – sorriu-me e deu-me um beijinho na boca, pegou-me na mão entrelaçando os seus dedos nos meus e começamos a andar para fora da sala.
- Adeus Nathaniel! – ainda gritei antes de o Thomas fechar a porta de casa e ri-me sozinha.
Seguimos pelo jardim até à garagem, Thomas vivia numa das enormes mansões que haviam naquele quarteirão. A sua família era bastante abastecida em termos de dinheiro e muitas vezes julgavam que eu namorava com ele apenas por interesse, mas não era verdade. Nunca me iria aproveitar assim de uma pessoa, se estava com ele era porque o amava de verdade.
- Que vais fazer esta tarde Bri? – perguntou-me Tom assim que chegámos a uma gelataria a alguns quarteirões da sua casa. Sentamo-nos numa mesa ao ar livre visto estar um sol radiante e peguei no menu, levantei o olhar para ele.
- Tenho de ir ao ballet. – disse encolhendo os ombros. A minha mãe tinha-me inscrito no ballet quando eu fiz cinco anos, nessa altura ainda não tinha bem noção daquilo e encarava-o apenas como mais uma actividade, no entanto com o passar do tempo a minha paixão fora aumentando e agora era algo do qual eu gostava mesmo muito. No futuro via-me com uma vida perfeita: uma excelente bailarina, com o Thomas sempre do meu lado e depois um dia mais tarde os nossos filhos.
- Não costumas ter ballet às quintas à tarde. – ele franziu a testa e olhou também para o menu.
- Pois não, mas tiveram de mudar a data e teve de ficar para hoje. – voltei novamente a atenção para o menu. – E amanhã de manhã vou ter outra vez. Mas quero estar contigo antes. – fiz beicinho enquanto o olhava. – Que gelado vais querer? – perguntei-lhe.
- E vais estar. – respondeu-me com um sorriso e com aqueles olhos brilhantes. - O mesmo que tu. – disse. – Tenho a certeza que vais escolher o mais delicioso, assim como tu. – fez um sorriso meio tarado o que me fez rir.
- Hmhm. – pisquei-lhe o olho e fiz o nosso pedido: dois gelados de chocolate e morango.
Não demorou muito até que o nosso pedido nos foi servido, levei logo uma colherada de gelado à boca deliciando-me toda.
- Chega aqui. – disse Thomas não muito tempo depois e mordeu o lábio.
Aproximei-me dele. - O que foi? – perguntei arqueando uma sobrancelha.
- Tens chocolate… - sorriu-me e passou a língua pelos meus lábios fazendo-me arrepiar-me toda. Ri-me e puxei-o pela camisola beijando-o apaixonadamente. Peguei num morango do gelado dele e pedi-lhe para abrir a boca, dei uma trinca no morango o pus o resto na sua boca.
– Não devíamos estar a fazer estas coisas aqui. – disse-lhe enquanto me ria um pouco.
- Não estamos a fazer nada de mal e mesmo que estivéssemos não interessa. – mordeu-me o lábio dando depois um pequeno beijo.
Sorri-lhe apaixonada e voltei à minha posição inicial, continuamos a comer os nossos gelados entre conversas, risos e alguns beijinhos pelo meio. O tempo foi passando e quando dei por isso estava quase na hora de ir para o ballet.
- Tenho de ir embora… - disse-lhe fazendo um beicinho.
- Não fiques triste amor, amanhã já estamos juntos outra vez. – tocou-me na bochecha.
- Amo-te muito. – disse contra a sua boca e sorri.
- Também te amo muito. – sorriu-me e roçou os nosso lábios acabando por me beijar. Despedimo-nos e cada um seguiu para o seu lado.
E pronto aqui está o primeiro capítulo, está horrível e seca eu sei... quer gostem ou não dêem opinião.