Na manhã do dia seguinte segui de táxi até ao estúdio de ballet uma hora antes de a aula começar, tinha combinado encontrar-me lá com o Thomas para podermos estar juntos um bocadinho.

Adorava estar com ele, quer dizer não adorava, eu amava. Gostava realmente dele e era o meu primeiro namorado a sério, já namorávamos à alguns meses e a cada dia que passava a nossa relação estava mais forte. Já não conseguia imaginar a minha vida sem ele e no futuro só me conseguia imaginar ao seu lado.

- Olá! – sorri muito ao chegar ao pé do carro dele e beijei-o quando ele me envolveu com os braços.

- Estás boa minha princesa mais linda do mundo? – perguntou-me sorrindo enquanto distribuía pequenos beijos pelo meu rosto.

- Agora estou óptima. – sorri ainda mais e puxei-o pela mão para o interior do estúdio. Àquela hora apenas a recepcionista estava lá e como já me conhecia e sabia que eu andava lá no ballet deixou-nos entrar sem dizer nada. Puxei o Thomas comigo pelos longos corredores.

- Para onde é que vamos? – perguntou ele olhando-me com um ar confuso e ao mesmo tempo fofo. Sorri-lhe amavelmente.

- Para o balneário. – respondi assim que chegámos ao mesmo, entrei juntamente com ele e deixei que a porta se encosta-se sozinha.

- Viemos para aqui fazer o quê? – perguntou-me com aquele seu sorriso safado.

- Viemos estar mais à vontade. – ri-me e fi-lo sentar-se, sentei-me no colo dele com uma perna de cada lado do seu corpo.

- És uma taradinha tu sabias? – riu-se e apertou mais o meu corpo contra o seu.

- Não sou nada! – fiz um ar de indignada e dei-lhe um mordidela numa bochecha e depois na outra.

- Ai és sim. – sorriu e desceu a boca até ao meu pescoço onde roçou os seus dentes e depois me mordeu fazendo com que um arrepio percorre-se todo o meu corpo.

- A sério que queres discutir quem é o tarado aqui? – perguntei encolhendo ligeiramente o pescoço.

- É melhor não porque teimosa como és nunca mais ia acabar a conversa. – riu-se e olhou-me com cara de gozo.

- Ai é? Eu é que sou a teimosa? – fiz beicinho e saí do seu colo cruzando os braços ao peito.

- Volta para aqui. – pediu tentando puxar-me para o seu colo novamente.

Abanei que não com a cabeça. - Tenho de me pôr pronta que está quase na hora da aula. – fiz-lhe uma careta e abri o meu saco. Tirei as minhas roupas do ballet e mudei de roupa prendendo de seguida o meu cabelo.

- Ficas tão linda assim vestida. – disse Thomas olhando-me.

Sorri-lhe toda babada. - Obrigada. – fui à beira dele e dei-lhe um beijinho na boca. – É melhor ires embora, as outras devem estar a chegar e não são permitidos rapazes dentro do balneário. – ri-me.  Ele levantou-se envolvendo o meu corpo com os seus braços e beijou-me carinhosamente.

- Depois falámos sim? – assenti e beijei-o também. Despedimo-nos com mais um beijo e uma troca de amo-te’s e ele foi embora.

As minhas colegas chegaram e enquanto elas mudavam de roupa eu fui indo para o estúdio. Era um enorme salão em que uma das paredes era coberta por enormes espelhos que chegavam do chão até ao tecto, sentei-me num dos bancos enquanto esperava, sentia-me tão bem ali dentro, era como se estivesse em casa.

Assim que a professora e todas as outras chegaram fizemos o aquecimento necessário e depois começamos o treino para um espectáculo que ia acontecer em breve na cidade. Ia ser um grande espectáculo onde estariam grandes bailarinos especialistas naquele assunto e eu queria sair-me bem. Queria que reparassem em mim e me achassem boa naquilo que estava a fazer. Andava a treinar bastante ultimamente, e nos meus tempos livres era só isso que fazia. Queria ser perfeita.

Esforcei-me ao máximo mais uma vez e no final da aula a professora veio ter comigo fazendo-me alguns elogios e melhorando assim o meu dia.

Fui para o balneário para me mudar mas antes de o fazer peguei no meu telemóvel, franzi a testa ao ver que tinha bastantes chamadas do Nate. Ele nunca me ligava, porque estaria a ligar agora? E tantas vezes… Abanei um pouco a cabeça e quando me preparava para ligar para ele o telemóvel começou a tocar surgindo o nome dele no ecrã.

- O que se passa? – perguntei assim que atendi a chamada.

- O Tom… Bri o Tom teve um acidente! – disse ele com a voz toda baralhada. Engoli em seco e por pouco quase deixava o telemóvel cair no chão.

- Um… um acidente?! – consegui perguntar quando as lágrimas chegaram aos meus olhos, sentia as minhas mãos a tremer como tudo. – Como é que ele está? – perguntei quase num sussurro sentindo as lágrimas começarem a cair pelo meu rosto.

- Não sei… não sei de nada. – respondeu-me o Nate com um tom de voz cheia de preocupação. – Anda para o hospital rápido, por favor. – pediu-me.

- Claro. – respirei fundo e desliguei a chamada deixando por fim o telemóvel cair-me das mãos. O Thomas teve um acidente… o Thomas teve um acidente… aquelas palavras não paravam de se repetir na minha cabeça.

Finalmente tenho o problema resolvido e aqui está o capítulo que já devia ter sido postado no sábado. O próximo será postado no sábado tal como eu tinha dito que seria ^^