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More than words.

More than words.

Another Life - 27

 

Uns minutos depois, Cameron abriu uma porta e um enorme suspiro de alívio saiu por entre os meus lábios ao aperceber-me que tínhamos chegado à rua. Ali a confusão parecia ainda maior do que lá dentro, estava repleto de pessoas, uns apenas meros curiosos, outros eram da polícia. A polícia cercava todo aquele edifício, afastando para longe do mesmo quem se tentasse aproximar. Nós não fomos diferentes, e por isso, fomos como que obrigados a manter a distância de segurança. As pessoas olhavam para nós, por nos terem visto a sair dali de dentro e também talvez por causa do nosso aspecto, que não era o melhor. Depois de tantos dias fechada ali dentro, como acham que eu estava?

Assim que ficamos afastados do edifício, olhei para o mesmo e logo os meus olhos se arregalaram. Devido às diversas explosões, parte das paredes já se encontravam desfeitas, aquilo estava uma autêntica lástima, e o mais certo era acabar mesmo por ruir.

- O que se passou? – ouvi a voz de Cameron, o que me fez sair dos meus desvaneios. Ele estava a falar com Marla, que vinha agora na nossa direcção.

- Aconteceu algo com uma das experiências, eles não conseguiram controlar os químicos que estavam a usar, e deu-se uma explosão. Isso foi gerando outras… e como sabes, os laboratórios estão repletos de produtos químicos. Aquilo vai simplesmente explodir tudo. – ela explicou.

- Mas não estão lá dentro todas as pessoas? Ou conseguiram sair como nós? – ele pergunta, ao mesmo tempo que olha em volta, talvez na tentativa de ver alguém que pertença à Sociedade.

Marla encolhe ligeiramente os ombros. – Eu não sei bem… mas sim, eu acho que muitos continuam lá dentro. É difícil conseguir sair com toda a segurança existente ali. – ela revira os olhos.

- Isso quer dizer que o Graham pode estar morto? – pergunto, interrompendo a conversa deles, arregalo os meus olhos ao mesmo tempo que por dentro começo a sentir uma enorme felicidade. Sei que isto parece mau da minha parte, mas quem não deseja ver aquele homem morto depois de tudo o que ele tem feito?

- O mais provável é que sim. – responde-me ela.

Mordo o meu lábio e mantenho-me depois em silêncio enquanto tenho os meus olhos focados naquele enorme edifício que parece agora tão frágil. Passei ali imenso tempo, tanto, que já perdi a conta aos dias em que fiquei ali fechada. Foi mais do que um mês, bastante mais, disso eu sei. Nem consigo acreditar que estive ali tanto tempo, longe de todas as pessoas de quem eu gostava. Olhei para os meus amigos, que tal como eu tinham os seus olhos postos no edifício. Sabia que eles estavam tão contentes como eu, finalmente estávamos no lado de fora e não lá dentro, trancados.

De repente, as pessoas começaram a ser afastadas mais para trás, quando o edifício começou a ruir.

- E tudo acaba assim… - digo num tom de voz tão baixo, que sei que ninguém me ouviu. O meu olhar continua preso naquele edifício enquanto a Sociedade se destrói por completo mesmo em frente dos meus olhos.

Sempre tinha desejado com todas as minhas forças destruir aquelas pessoas, depois de tudo o que elas me fizeram passar, não só a mim mas também a todas as pessoas iguais a mim. Perseguindo-nos e tentado destruir as nossas vidas. Eu só queria destruí-los a eles e sentia-me tão mas tão feliz por isso estar a acontecer. Quer dizer, sei que não tinha sido eu a provocar aquelas explosões e assim, o que era ainda melhor, pois, tinham sido eles a destruir-se a si próprios e isso sabia ainda melhor. Não poderiam culpar ninguém de nada, a não ser a eles mesmos.

 

Pronto, agora já sabem o que se passou, e aposto que estão todas tão contentes como a Summer se está a sentir. Finalmente está livre daquele pesadelo. Faltam apenas 3 capítulos para o fim (não acredito que está quase a acabar!). Espero que vocês gostem dos últimos capítulos e das surpresas que ainda restam.

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