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More than words.

More than words.

You're so bad {8}

- Porquê a mim? – foi a única coisa que Jullie se lembrou de perguntar naquele momento.

- É óbvio. – quem respondeu foi Finn, que estava agora de olhos postos na rapariga. – És a filha do dono desta empresa, és rica… - ele encolheu os ombros.

- Hm pois…  - suspirou baixinho e juntou as sobrancelhas. – Mas não entendo porque raptaram a Hannah, sendo assim. – retorquiu Jullie com um ar meio pensativo.

- Devido ao facto de vocês serem parecidas, suponho. – disse Alexander. – Têm ambas cabelos loiros, são altas… estão aqui as duas na empresa. Devem ter visto a Hannah a chegar cá esta manhã e devem ter pensado que eras tu. – concluiu.

- Eu aconselho a que a sua filha saia daqui, Senhor Gautier. Eles não irão demorar a perceber que se enganaram e quando isso acontecer… o mais certo é trazerem a outra rapariga e tentarem levar… a sua filha.

Apesar de agora a polícia se encontrar ali, não sabiam sequer quantos eram os raptores, se estavam muito armados ou não. Portanto, naquele momento todo o cuidado era pouco e segundo a polícia, o mais importante era manter Jullie segura, visto que era a ela que eles queriam.

- Finn, leva a Jullie contigo. – disse o pai da rapariga de repente fazendo os outros dois arregalarem os olhos.

- Ele?

- Eu?

Perguntaram os dois ao mesmo tempo, fazendo com que o homem mais velho os fitasse.

- Não podes estar sozinha, e não será boa ideia estares comigo visto que eles sabem bem quem eu sou. Com a Trixie também não me parece que seja muito seguro, até porque eles devem ter andado a seguir-te e devem tê-las visto juntas. Por isso, penso que o Finn é o melhor, visto que acho que vocês nunca andaram por aí juntos e então eles não devem relacionar o Finn contigo, de maneira nenhuma. – retorquiu e respirou por fim, assim que acabou de falar.

Jullie revirou ligeiramente os olhos no entanto não podia deixar de concordar com o pai, visto que ele tinha toda a razão.

- Depois liga-me, se houverem novidades. – disse ela num tom de voz mais baixo e depois nem sequer teve tempo de dizer mais nada, pois Finn começou de imediato a puxá-la com ele para o exterior da empresa.

 

Jullie não conseguiu evitar olhar em volta assim que chegaram lá fora. E se estivesse ali alguém? E se os seguissem e lhes fizessem mal? Suspirou e tentou não pensar naquilo. Os homens que tinham levado Hannah, ainda não se deviam ter apercebido do seu engano, e se tudo corresse bem, quando percebessem, Jullie já estaria escondida num sítio qualquer. Só espera que Hannah estivesse bem e que eles não lhe fizessem nada.

- Para onde vamos? – perguntou de repente, assim que Finn lhe agarrou melhor na mão e a puxou com ele para o interior de um táxi, táxi esse que Jullie nem sequer tinha reparado que ali estava.

- Para minha casa, acho. – respondeu ele meio confuso. Sim, a casa dele era um lugar seguro para onde a poderia levar.

Jullie assentiu levemente com a cabeça e deixou que a sua cabeça se encostasse à parte de trás no banco onde se encontrava sentada. Nem acreditava que aquilo lhe estava a acontecer e ainda por cima estava a ser ajudada por Finn. Haveria algo mais estranho do que aquilo? Olhou para ele pelo canto do olho quando este deu ao condutor a morada de sua casa e depois continuou a olhá-lo quando o rapaz se recostou para trás no assento.

- Eles andavam a seguir-me. – disse Jullie de repente fazendo com que Finn olhasse para ela. – No outro dia, no jantar em minha casa, quando as pessoas se foram todas embora eu tive a sensação que alguém estava a observar-me. E depois passou um carro a toda a velocidade em frente a minha casa. – a rapariga deixou escapar um suspiro. – Claro que na altura não dei importância nenhuma. – encolheu os ombros. Também já se tinha sentido observada noutras alturas, a caminho da faculdade, por exemplo, ou então quando estava a chegar à empresa. No entanto nunca ligava nada a isso, pois achava sempre que era apenas impressão sua. Agora percebia que não era.

De repente o táxi parou e só nesse momento é que Jullie viu que tinham parado em frente a uma casa, que calculou de imediato ser a de Finn. Viu o rapaz dar o dinheiro ao taxista e seguidamente ambos saíram do carro. A casa de Finn não tinha nada a ver com a casa onde Jullie vivia desde sempre. A do rapaz era bem mais pequena do que a sua, não tinha os luxos todos que a casa dela tinha. Na verdade era uma casa normal de uma família normal.

Seguiu atrás dele quando Finn começou a andar em direcção à porta e depois de ele abrir a porta, Jullie entrou dentro da sua casa. O interior da casa era tão simples como o exterior. Seguiu Finn quando este entrou numa sala bastante acolhedora e ficou parada à porta sem saber o que dizer ou o que fazer. Eles não eram propriamente amigos e Jullie sabia que apesar de tudo, não iria demorar a que começassem de novo a implicar um com o outro. Era inevitável.

- Vais ficar aí parada nariz empinado? – Finn riu-se e acabou por agarrar na mão de Jullie e puxá-la até ao sofá, de maneira a que ela ficasse sentada.

A rapariga revirou os olhos por ele a ter chamado daquela maneira mas decidiu ignorar essa parte. – Achas que vou ter de ficar aqui muito tempo? – acabou por perguntar depois de se acomodar no sofá.

Ele encolheu os ombros. – Não sei, depende do que se passar lá na empresa… - retorquiu. – Mas não te preocupes, não te vou obrigar a dormir na minha cama, caso tenhas de passar aqui a noite. – piscou-lhe o olho e como resposta levou com uma almofada.

- Mesmo que obrigasses não irias conseguir nunca. – disse ela com um revirar de olhos fazendo com que Finn desse uma gargalhada.

- Ai não? Bastava eu estalar os dedos para que isso acontecesse. – retorquiu o rapaz.

- Deves pensar que sou as tuas amigas que vão para a cama com qualquer um.

- Eu não sou qualquer um. – resmungou Finn.

- Pois não, és só o rapaz mais irritante do mundo. – revirou os olhos.

- E o que, no fundo, tu mais gostas.

Jullie apenas revirou os olhos àquele comentário, pois aquilo não era verdade.

 

***

As coisas na empresa permaneceram na mesma durante cerca de mais uma hora. Pois, depois de esse tempo passar começou a surgir um pouco de movimento no exterior da empresa e logo de seguida, três homens armados entraram lá dentro juntamente com Hannah. Os seus olhos estavam arregalados e a única expressão presente no seu rosto era o medo que ela estava a sentir naquele momento.

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